O futebol é a metáfora perfeita pra falar da vida e seus desafios.
Nele estão representadas alegrias e tristezas, a inteligência e a estupidez, o sonho e a realidade. E no meio de tudo, está alguém com um 10 às costas.
Já foi Pelé, ainda é Marta. Ambos maiores que Maradona, que não tem tamanho e que também já foi 10.
Por isso 10 não é apenas mais uma camisa: é manto sagrado. Que veste divindades, que habitam imaginários, que constroem mitologias bastante particulares.
Mitos, sim. Porém! jamais fabricados por regras insanas. Nascidos do mistério. Seres encantados. Daqueles que edificam o espírito. 10 é a nota perfeita. É a bola do jogo, chutada pelo 1 – primeiro e único.
É a roda reinventada.
É dizer no pé. No Mbappé, que vive nos sonhos de outros meninos. Lá vai o 10, no meio campo – que é o lugar dos craques. Habitat natural do 10.
10atinando. 10catando. 10cabelando as defesas inimigas, o 10 é batuta e batuque. É arte e força. É canção e silêncio. Respira e espera.
O 10 não respeita a física, subverte a química, atropela a matemática, refaz a história. O 10 não se aprende na escola. A gente olha e reconhece. Lembra do Pelé? Sabe a Marta? Nem mais nem menos. Não é 9. Não é 11.
É 10.
por Robson Leite
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